quarta-feira, 7 de abril de 2010

Monotonia

Você se acorda e parece que a monotonia bateu em sua porta hoje e mais cedo do que esperava. Você vai para a internet e olha de tudo, mais não é aquilo que você procura... E assim procura a rua, carros buzinando, trânsito caótico, pessoas atrasadas para a sua “selva cotidiana” e por cima de tudo o cheiro de fumaça industrial pairando sobre seu nariz.... E você apenas assustado com a correria, apenas percebe que ainda não é aquilo que procura.

Saindo da rua, não muito longe dali, você sobe em um terraço de um prédio abandonado e somente sente o grande vazio que ali habita... Você por sinal olha para o oceano e ver aquela imensidão, algo que parece não ter mais fim, um horizonte longínquo, mas um longínquo que quando se olha mais perto fica... É algo apaixonante, lhe encanta, come uma boa parte de seu desejo incontrolável pelo mar no qual você sempre teve medo. O oceano sempre ficando mais perto e você sempre dando um passo a mais para um destino que só você, e mais ninguém, irá experimentar. Finalmente acorda dessa ilusão e por mais apaixonante que seja ainda percebe que ainda não é o que procura.

Voltando para casa, se deita, liga o ventilador, apanha o lençol dentro do guarda-roupa, aí finalmente se deita... E antes mesmo de dormir repensa em tudo. A monotonia foi embora, a internet espera por si só, os carros pararam de buzinar, o trânsito voltando ao normal e pessoas não tão apressadas para sua selva cotidiana e por fim o oceano é apenas uma ilusão aos olhos de muitos pensadores... Ao final disso tudo, o que você realmente procura é ficar ainda deitado em sua cama.

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