sexta-feira, 6 de maio de 2011

You Don't Know My Mind


O sol raiou, prédios me rodeiam e cazuza ao fundo faz um cenário de descanso. Café, livros e pensamentos tudo jogado em cima de uma mesa amontoados como uma biblioteca. Está longe de casa dar uma sensação de onipotência, o céu não é tão azul ao acostumado que vejo, as estrelas desaparecem entre os arranha-céus fazendo dele apenas um componente atrás do palco.

Complicado é achar que tudo será complicado ou incomplexo. Tempo, modo e circunstância são complicados, querer é opcional. Se os telefones parassem de tocar talvez resolvessem todos os problemas e causas sem sentido. O ato de pensar traz um leve abrir de boca e dar no pé daqui seria uma grande idéia, deixando para trás trabalhos, prédios e céu não azul.

Pensamento longe dar asas, mas não coragem. Num cubículo de 4x4 apenas som de chuva, buzinas e jazz. A mudança repentina de música faz voar longe, querer ir mais além, ser um pouco mais do seu ser, pular sempre um degrau a mais. O sol das onze começou, com seu charme e brilho tocando todos sem eles perceberem e isso é fantástico vendo de cima. Enfim, é isso. Dias tem que passar e apenas emendamos em seu relógio invisível, não me rendo até outro dia chegar e a saudade de minha casa bater. A hora chegou, o tempo terminou e a música não pode parar.