domingo, 11 de julho de 2010

Loser


A decadência chegou aos meus pés, à batalha acabou a guerra também e nenhum deles sai vitorioso. Meus aposentos já se diluíram sobre minhas mãos, meus vassalos se dispensaram e minhas obras queimadas. Você sabe que está certa me jogou nas masmorras de ranger os dentes que me tornou um inconstitucional ser sem dores, sem magoas, sem sentimentos.

Passaram-se sete anos a mudança foram necessárias, minhas mãos calejadas já não sentem dor de tanto desprezo que pude agüentar. Sete anos que se foram, tive que mudar hábitos e costumes, aprendi a conviver em conjunto, conviver com o sol e o trabalho árduo e o mais fantástico aprendi a lidar com o tempo e seu planejamento.
Hoje não sou mais nada além de um ponto entre tantos, houve mudanças não crescimento, o amanha não se sabe e que meu futuro esteja sempre à espreita.
Cada esperança, um sentimento, uma motivação, uma chance de viver de novo. O amanhã está a muitas respirações de distância, talvez amanhã exista uma respiração que falhe ou talvez não exista ar para todos.

Atualmente, não sou mais heróico ou kamikaze, estou em um penhasco sobre a mira de uma flecha que certamente tem endereço certo. Não se esqueça que tudo o que tenho foi passado adiante, nada foi esquecido ou deletado, vire um herege e suma do ponto assim como tanto outros. Aqui estou agora, agonizando, procurando por poucos fôlegos e adrenalina, o fardo já foi tirado, a guerra acabou me denominando o maior loser do mundo.