segunda-feira, 19 de março de 2012

Trechos Esfarelados

                                            
          Eu não tenho paredes, só tenho horizontes.

Ao seu lado não há barreiras, deslizes ou lamentações. Sou forte a cada, a cada amanhecer, a cada sorriso seu, a cada tapa que você me der. Justo a mim coube ser eu, somente eu, sem máscaras para te dizer que sou o cara mais social do meu bairro. Não, eu não sou desses que se encontra em cada esquina, um dia a tristeza batia em minha porta então você veio acompanhada com toda a fineza de desinventar.

E enquanto você estiver aqui, ao meu lado, seguiremos esse destino juntos. Sempre! Vou regar tua vida, como rego as minhas folhas pelo amanhecer de verão, e te amarei assim como amo as rosas do meu jardim. Garanto! E o resto? O resto é sombra, de árvores alheias que sempre, ou um dia, terão inveja desse nosso amor. Caloroso e justo, nada mais se aplica ao nosso amor se não fosse esse adjetivo tatuado em meu peito cheio de nervos que um dia irão se romper e dizer a verdade... E o que seria a verdade? Prefiro não dizer, mas o que posso adiantar é: Você foi feita pra mim. Alane Oliveira.

quinta-feira, 1 de março de 2012

You are the only ones who know.

Seu olhar já não era o mesmo, continhas lágrimas com sabor de desgosto. Olhava fixamente e nada dizia, o tempo estava frio e logo seu nariz estava avermelhado, ofereci café e nada adiantou. Não trocava sequer uma palavra e apenas deixava as lágrimas rolar por seu rosto manchando sua maquiagem, até que com um gesto de negação falou que não dava mais aquela dor ela não suportaria novamente e queria um tempo.

Eu disse que era normal todos já haviam passado por aquela situação embaraçosa, enquanto isso ela apenas olhava para o chão sem saber o que dizer. O fato de eu ter dito que ainda a amava nada adiantou, ela saiu pela porta aos prantos com seu guarda-chuva florido e assim deixando o vazio pela sala. A solidão entrou porta adentro com sua malvadeza insólida, apenas deitei e queria que o sol aparecesse para me conter que aquilo seria outro dia, sem ela.

Ela caminhava aos poucos, olhando para o chão não acreditando que aquilo tinha acontecido em sua vida, sentou-se numa praça e fechou os olhos para que tudo aquilo não passasse de uma ilusão e temia abrir e saber que não era mais conto de fadas e sim uma fase a qual passava e nada adiantou. Ela deu um suspiro olhou para o tempo de chuva e levantou do banco da praça, não tinha rumo ou casa apenas sabia que ali viria outro dia, sem ele.